O professor de capoeira preso após perder o celular que continha fotos de menores de idade na memória do aparelho, confessou na delegacia que sentia atração por crianças e contou que ele próprio sofreu abusos sexuais entre os oito e doze anos de idade. Mestre Rambo, como era conhecido, dava aula em escolas públicas de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A descoberta ocorreu depois que o celular dele foi encontrado em uma casa de festas. No aparelho, Mestre Rambo guardava diversas fotos de menores. O homem que encontrou o telefone e prefere não ser identificado disse que resolveu mexer no aparelho com o intuito de procurar o dono. Mas encontrou imagens, que na opinião dele, tratavam-se de pedofilia.
— Eu senti revolta, ódio, nojo daquela situação. E acabei entregando o telefone para a polícia.
O delegado Marcello Maia, titular da Dcav (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima), identifica nas imagens crianças de até seis anos de idade fotografadas durante a aula.
— Ele pede para que as crianças façam uma ponte para trás. Nessa ponte, se expõe a parte abdominal, que é a região mais trabalhada na capoeira. Ele se aproveita disso para tirar fotografias da região abdominal e logo em seguida também tira foto da região peniana.
Maia diz ainda que existem vídeos em que ele aparece beijando a boca um menor de idade.
— Foi criminoso, não tenho dúvida.
Na casa do suspeito, a polícia encontrou uma câmara fotográfica que continha centenas de fotos de crianças e adolescentes. Mestre Rambo foi preso em flagrante e levado para uma penitenciária de segurança máxima.
Até perder o telefone, o professor de capoeira era um homem acima de qualquer suspeita. Ele era visto por vizinho e pais dos alunos como uma boa pessoa.
— É uma das características principais do pedófilo. A finalidade disso é para, se eventualmente a criança fale isso para um responsável, o pedófilo tente desmascarar.
FONTE: R7
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