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segunda-feira, 11 de março de 2013

MUNDO - Os mortos andam de verdade na Indonésia?




















Na Indonésia (especialmente em Toraja), um cadáver é acordado deixando-o que ande a pé até seu túmulo (é raro, mas ainda é realizado).

O cadáver é acordado usando magia negra. Isso é feito em Toraja porque as sepulturas/cemitérios são colocadas em montanhas calcárias (o que conserva melhor os corpos).

O corpo anda por si só, e é orientada por um especialista em magia negra que fica atrás dele. Mas existe uma proibição, o cadáver não deve ser nomeado. Uma vez que comandado o cadáver cai e não é capaz de andar novamente.


O que há de verdade nessa história?

Não há nenhuma indicação de que a imagem tenha sido alterada! O que não significa, necessariamente, que ela seja real! Pode-se mentir em uma fotografia sem o recurso da manipulação digital.

O blog Extraordinary Intelligence levanta a hipótese de que a mulher que aparece na foto pode, na verdade, estar viva e sofrendo de alguma doença – como a lepra (hanseníase). Os argumentos: Como os caixões são muito estreitos, seria impossível as mãos da morta estarem cruzadas daquela forma. A cabeça caída para frente demonstra também que o corpo teria ficado repousado em algum travesseiro muito alto, diferente do caixão mostrado à direita na foto!


A cerimônia

Tana Toraja é o nome de uma região que fica na ilha de Sulawesi, na Indonésia. Há muitos e muitos anos seus moradores acreditam que, quando alguém da família morre, esse ente é levado para o céu e lá é julgado. A crença local também prega que o morto só se dá bem em seu julgamento lá no céu se ele tiver sido bem sucedido em vida!

O “sucesso” do falecido é medido pela quantidade de espíritos de animais que o levam até o céu. Por isso, nos meses de julho e outubro, acontecem as cerimônias fúnebres, onde são sacrificados muitos animais em nome de cada um dos mortos.
Segundo o jornal Singapore News Online, as famílias só poderão participar dos funerais em Tojara quando já possuírem dinheiro suficiente para toda a cerimônia. Só para se ter uma idéia, animais que serão sacrificados, como búfalos, chegam a custar mais de 3 mil dólares!

A Chefe de cozinha, Barbara Kerr – em visita à Toraja – conta em seu blog:

“Na cidade de Rantepao, a maior de toda a região, existe um grande mercado de animais para serem vendidos com esta finalidade. Lá, porcos ficam amarrados por dias, em macas de bambu, com cordas super apertadas por todo o seu corpo, e já prontos para serem levados para o abate. Grunhem sem parar, e o som emitido por eles mais parece ao de um campo de tortura. É bem triste de se ver, pois se estes mesmos porcos não têm escapatória, que ao menos pudessem passar seus últimos dias de vida com um pouco menos de dor e de sofrimento. Entretanto, para os moradores locais, tão habituados com tudo isso, eles não passam de mais um pouco de proteína.“

De acordo com o relato de Barbara Kerr, o funeral pode durar apenas algumas horas ou se estender por vários dias, regado a danças, comilança e o abate de muitos animais.

O site Today 24 News, também conta que a cerimônia fúnebre em Tojara é, sem dúvida, o evento mais caro e complicado da região. A maioria das famílias (quase sempre é pega de surpresa com a morte do ente) pode a demorar até 5 anos para juntar a grana necessária para o ritual e, enquanto isso, os defuntos ficam guardados, esperando… Os corpos são envolvidos em várias camadas de pano e guardados dentro das Tongkonan, residências provisórias criadas para esse fim.
 

Métodos de sepultamento:

O site Toraja Cyber News explica que há 3 métodos de sepultamento: No primeiro – que é o mais simples e barato -, o caixão pode ser colocado em uma caverna. No segundo método, é esculpido um túmulo de pedra e o terceiro método consiste em pendurar o morto em um penhasco. É interessante ressaltar que o falecido leva consigo tudo o que, segundo a crença, ele irá precisar em sua outra vida. Se a pessoa que morreu é de família rica, será enterrado em um túmulo de pedra esculpida ou será pendurado um penhasco rochoso. A construção do túmulo também é demorada e, por isso também, o defunto só é transferido para a sua morada muito tempo depois (às vezes, demora-se anos!).

Há muito tempo atrás, quando o acesso às aldeias de Toraja eram escassos e os povos locais tinham pouco (ou nenhum) contato com o resto do mundo, havia a lenda de que o morto levantava do seu túmulo provisório e saia andando para sua morada definitiva. No entanto, isso nunca foi documentado. No caso da fotografia que está circulando pela internet, o seu autor, diante de um episódio tão peculiar, poderia ter tirado outras fotos ou, quem sabe, até filmar o acontecido. Podemos ver que havia um celular apontando para o “fenômeno“.

Matéria:Fonte / textos: Blog Desmorto e E-farsas
http://www.comando190.com.br

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